segunda-feira, 24 de setembro de 2007

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O Corpo

Ao estalar da noite vejo teu corpo esparramado
Em cima do meu peitode longe sinto tua respiração
E de perto só consigo ouvir teu gemido
Teu coração acelera a cada batida do meu cóxis
Tuas curvas gemem com meus sussurros com suspiros
E entre as pernas entreabertas o calor genital queima-me os dedos
Lambuzados de sal e meu.
O desejo de te amar me inquieta
Prossigo minha língua em você
E desapareço por dentro dos teus cabelos.

CHINELA


Caminhei quarenta dias e quarenta noites pela solidão
Procurando o lugar onde jorra beijos de mel.

Minha língua triste!
Meu lábio seco!
Eu descalço.
Caminhei quarenta dias e quarenta noites
Na esperança de me encontrar ao sol.

Minha língua preta!
Meu lábio incolor.
Vejo as marcas na chinela, do pé que me pisou.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

NA LAGOA DOS HOMENS PELADOS

Na lagoa dos homens pelados
tomei banho com as vergonhas cobertas
culpa dos princípios hipócritas de uma urbanização
desavergonhada

Enquanto eles se despiam e mergulhavam no lago
eu apenas rosava de vermelho as fases
poetizando a cena em uma tela como se Dali visse
todos os corpos repartidos em inocência e genitais

Surrealisticamente vendo, há alguns corpos sem brilho
na lagoa dos homens pelados.
E só agora percebo que no interior rural há muitos homens meninos.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

A TERCEIRA MARGEM DO RIO

O Clown

Quando for possível acabar com todas as lágrimas
restarão apenas as tristezas secas, vazias, estafadas...
Será neste momento que plantarei o riso mudo de um clown em chamas,
sem nada por dentro, gargalhando toda a mágoa pra fora.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

VERSOS

MENINO QUE VIVE A VOMITAR VERSOS
E QUE SONHA EMPURRAR EM TODAS AS GOELAS SEM BAIXO
PALAVRAS INDECIFRÁVEIS
DOS RÉUS MORTOS NOS MASSACRES DA PAIXÃO